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A nutrição tem um papel fundamental quando o assunto é cirurgia
plástica. Para se submeter ao bisturi a mente e o corpo devem estar
preparados, assim o organismo é capaz de se recuperar mais rápido e melhor.
Segundo o cirurgião plástico Alderson Luiz Pacheco, a intervenção
nutricional interfere de forma benéfica na evolução do pós-operatório. “O
acompanhamento deve começar antes da realização da cirurgia e continuar
pelo menos até o término da recuperação”, observa o médico, membro da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
As orientações nutricionais têm como base hábitos saudáveis e que
contribuem para a qualidade de vida e para a saúde em geral. Por isso o
ideal é que os pacientes considerem as recomendações como atitudes
necessárias a uma vida saudável. “A alimentação pode melhorar ou piorar a
recuperação, tudo depende da postura do paciente em relação a sua própria
saúde. Vícios, como o tabagismo e o alcoolismo, e o sedentarismo também são
prejudiciais para qualquer intervenção cirúrgica e especialmente no
pós-operatório. Cada detalhe pode fazer a diferença”, destaca.
Para obter os melhores resultados possíveis e ter um pós-operatório sem
complicações é preciso evitar a ingestão de determinados alimentos e dar
preferência ao consumo de outras comidas. Pacheco lembra que o cirurgião
avalia o paciente como um todo e vai orientá-lo de maneira a obter reflexos
positivos em sua saúde. “Além de uma dieta equilibrada, com a quantidade
certa de cada nutriente que o corpo carece, o indivíduo deve levar em
consideração a qualidade do que está sendo consumido. Os alimentos
provenientes de fontes seguras trazem mais benefícios”, ressalta.
Em muitos casos o paciente é orientado a perder peso antes da operação
plástica e a reeducação alimentar é responsável pela manutenção do peso
corporal. Mais do que ficar apto para a cirurgia, o paciente aprende a
adotar hábitos alimentares saudáveis. “Nenhuma cirurgia plástica tem como
pretensão o emagrecimento, o objetivo é modelar o corpo e diminuir as
medidas. A perda de peso é apenas uma consequência, já que a gordura
retirada influencia os ponteiros da balança. Mesmo assim a quantidade não é
significante”, explica.
No pré-operatório a alimentação é importante devido à necessidade de
controlar o metabolismo e o apetite. A ansiedade também faz com que o
paciente sinta vontade de comer em excesso, tornando essencial um
acompanhamento nutricional. “Para que os resultados da plástica se
mantenham o paciente tem que adquirir um estilo de vida mais saudável. Sem
alimentação correta o corpo pode voltar à forma física anterior a operação
e o bom funcionamento do organismo depende do equilíbrio da quantidade e da
qualidade do que é ingerido”, afirma.
Pacheco dá algumas dicas sobre os alimentos que não devem fazer parte do
cardápio no pré e no pós-operatório. Os pacientes devem passar longe dos
embutidos, como presunto, salsichas e salames; dos molhos prontos
utilizados em saladas e no preparo das refeições, como o molho de tomate e
o shoyo; e dos alimentos enlatados, como milho e ervilha. “A adição de sal
na hora de fazer a comida deve ser moderada, afinal muitos alimentos já
possuem sódio, que é responsável pela retenção de líquido e deixa o corpo
inchado”, esclarece o especialista.
Os mocinhos antes e depois da plástica são os alimentos ricos em vitamina C,
como o espinafre, brócolis, tomate, pimentão e frutas cítricas - como a
laranja, morango, acerola, abacaxi e limão. A ingestão de no mínimo oito
copos de água por dia é primordial. “Estes alimentos proporcionam
benefícios para o sistema imunológico, contribuem para a cicatrização,
estimulam a produção de colágeno, combatem os radicais livres e previnem o
envelhecimento precoce. A água hidrata e reduz a retenção de líquidos”,
acrescenta.
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